quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Educação Infantil, um bom começo para a diversidade

EDUCAÇÃO INFANTIL
UM BOM COMEÇO PARA A DIVERSIDADE

PROJETO: “UM NOVO OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE”

 
APRESENTAÇÃO
TEMÁTICA: Diversidade na educação infantil
INSTITUIÇÃO: Escola Municipal de Educação Infantil
Professor Ernest Sarlet
MUNICÍPIO: Novo Hamburgo/RS
PÚBLICO ALVO: Crianças de zero a cinco anos de idade
TEMPO PREVISTO: Todo o ano letivo




JUSTIFICATIVA:

Cada escola tem a sua história, seus pressupostos teóricos, seus ideais e sua caminhada. A comunidade escolar por sua vez, é formada por pessoas advindas de diferentes famílias, com crenças, etnias, culturas e costumes diversos (são professores, funcionários, equipe diretiva, familiares e alunos). Diante de tamanha diversidade surge o desafio de favorecer uma convivência pacífica e um ambiente propício para o desenvolvimento das individualidades, potencialidades e da coletividade.





A EMEI Professor Ernest Sarlet e sua comunidade escolar vivenciaram a partir de fevereiro deste ano letivo o período de adaptação, sendo um momento importante para estabelecer vínculos afetivos, criar espaços para a comunicação, estabelecer combinações e a organização/estabelecimento de uma rotina estruturada, porém flexível. Gomes (2007, p. 19) afirma que é preciso olhar de perto a escola, seus sujeitos, suas complexidades e rotinas e fazer as indagações sobre sua realidade. Por isso, as interações, observações e vivências entre criança-família-escola permitiram identificar as prioridades a serem trabalhadas na escola, favorecendo uma ação pedagógica que tenha relação com a vida das crianças, que integre o cuidar e o educar, que seja contextualizada e que seja um espaço lúdico voltado para as aprendizagens de toda a comunidade escolar. Também é uma ocasião onde todos puderam conhecer-se melhor, sobretudo saber sobre as crianças, sua história de vida, sua caminhada na escola, seus saberes, suas necessidades, seus desejos e suas particularidades.



Ao observarmos tanta diversidade dentro deste espaço escolar, percebemos que esta é uma questão atual e relevante para a nossa realidade, e que exige da escola a reflexão sobre qual cidadão estamos construindo, que sociedade estamos propiciando e quais valores morais estamos deixando para as futuras gerações. Historicamente falando, a escola tem dificuldade para lidar com a diversidade, pois as diferenças tornam-se problemas ao invés de oportunidades para produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagens.
De acordo com Gomes (2007, p.17)
“Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser entendida como a construção histórica, cultural e social das diferenças. A construção das diferenças ultrapassa as características biológicas, observáveis a olho nu. As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher ao meio social e no contexto das relações de poder. Sendo assim, mesmo os aspectos tipicamente observáveis, que aprendemos a ver como diferentes desde o nosso nascimento, só passaram a ser percebidos dessa forma, porque nós, seres humanos e sujeitos sociais, no contexto da cultura, assim os nomeamos e identificamos”


Para que o trabalho pedagógico seja articulado, intencional, consciente e reflexivo, é necessário compreender que diversificar não significa formar grupos homogêneos com as mesmas dificuldades ou habilidades, nem tão pouco deixar que as individualidades se sobressaiam ao coletivo. É preciso considerar que, no que se refere a idéia de unidade e multiplicidade do ser humano, o homem é ao mesmo tempo singular e múltiplo, conforme Morin (2001, p. 57). Para o autor existem duas tendências que envolvem esta afirmativa: “os que vêem a diversidade das culturas tendem a minimizar ou ocultar a unidade humana; os que vêem a unidade humana tendem a considerar como secundária a diversidade das culturas. Ao contrário, é apropriado conceber a unidade que assegure e favoreça a diversidade, a diversidade que se inscreve na unidade”. Toda diversidade existente no grupo favorecerá a troca de experiência e o crescimento de cada membro, favorecendo, desta forma a consolidação da coletividade. Uma escola que permita a convivência e a consciência da diversidade possibilitará o preparo para a cidadania e o desenvolvimento humano para todos.

Um desafio proposto e aceito pela comunidade da EMEI Professor Ernest Sarlet é a inclusão de crianças portadoras de necessidades educativas especiais (PNEE’s), uma vez que já há o entendimento de que incluir vai além de aceitar as diferenças, pois passa por uma mudança no modo de ver o outro e de agir para que todos tenham seus direitos respeitados e garantidos (Mantoan, 2001, p. 107). O comprometimento por parte de quem conduz o processo educativo é eminente, imprimindo novas maneiras de ver, aprender, olhar, acompanhar, pesquisar, escutar, participar, acolher e compartilhar. Mas sempre é possível ir além, na busca por novos conhecimentos, resgatar saberes adquiridos e construir uma prática pedagógica dinâmica e transformadora. O caminho pedagógico da inclusão é um trajeto a ser construído por todos, ou seja, pais, alunos, corpo docente e funcionários, vislumbrando uma escola infantil de qualidade e comprometida com cada sujeito em sua singularidade.



Enfrentar o desafio de trabalhar a diversidade na escola infantil é uma tarefa árdua e uma caminhada que exige reflexão e pesquisas permanentes por parte dos professores e equipe diretiva. A escola é o lugar em que todos os alunos devem ter as mesmas oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes, e, por isso, se faz necessário um currículo flexível e interdisciplinar. Da mesma forma é preciso entender o projeto pedagógico da escola como instrumento da ação democrática, admitindo as diferenças como elementos fundamentais dos processos de ensino e de aprendizagem, vislumbrando assim a formação de um novo homem e uma nova sociedade.






Gomes (2007) afirma que o ser humano se constitui por meio de um processo complexo: todos são, ao mesmo tempo, semelhantes (enquanto gênero humano) e muito diferentes (quanto a sua história, cultura, formação, gênero, etnia, etc.), Pode-se dizer que o que os torna mais semelhantes enquanto gênero humano é o fato de todos apresentarem diferenças. E mais: somos desafiados pela própria experiência humana a aprender a conviver com as diferenças. O nosso grande desafio está em desenvolver uma postura ética de não hierarquizar as diferenças e entender que nenhum grupo humano e social é melhor ou pior do que outro. Na realidade, as pessoas são diferentes, e toda diversidade deve ser valorizada, respeitada e promovida.




OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO

·       CRIANÇAS - Proporcionar vivências significativas, envolventes, desafiadoras e prazerosas às crianças, permitindo a elas conhecerem e instigarem a diversidade do mundo a iniciarem por si mesmas.
·       FAMÍLIAS – Proporcionar momentos de integração e reflexão sobre a diversidade através de palestras, dinâmicas de grupo, informativos e rodas de conversa.
·       PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS – Refletir sobre os conceitos de diversidade e inclusão, mobilizando-os também a buscar alternativas para realizar uma prática educativa desafiadora, intencional e acolhedora.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Crianças:
·       Fortalecer a identidade da criança, oportunizando a ela descobrir e expressar seus desejos, saberes, necessidades e preferências;
·       Fortalecer as relações sociais da criança com o mundo que a cerca, sua família, comunidade, natureza, colegas, professores e consigo mesma;
·       Propiciar a interação com seus pares, oportunizando conhecer o outro e compreendê-lo como sujeito com características e peculiaridades a partir do brincar e do conviver;
·       Refletir e enfatizar atitudes e valores positivos perante si mesmo e perante o outro, tais como, respeito, colaboração, responsabilidade e amizade, entre outros.

Professores:
·       Propiciar um espaço para a reflexão sobre a diversidade e valorização de cada indivíduo;
·       Realizar discussões, debates e seminários sobre diversidade e inclusão com o intuito de instrumentalizar a prática pedagógica e combater/minimizar ações discriminatórias frente às diferenças.
Famílias:
·       Propiciar um espaço para integração e reflexão sobre a diversidade e inclusão, enfatizando o respeito, compreensão e aceitação de cada indivíduo e suas particularidades.


RECURSOS:
·       Livros de histórias infantis;
·       Jornais e revistas;
·       Artigos científicos, reportagens, sites, dinâmicas de grupo;
·       Material plástico: papéis, tesoura, cola, lápis de cor, caneta hidrocor, giz de cera, tintas, pincéis, sucatas, outros.
·       Eletrônicos: rádio, televisão, DVD, computador, internet, músicas, vídeos.

 
OPERACIONALIZAÇÃO:

Para cada segmento da comunidade escolar serão realizadas atividades diferenciadas, uma vez que existem objetivos gerais e específicos para cada qual, considerando o seu papel social, nível de entendimento e comprometimento.

 
PROPOSTAS PARA AS CRIANÇAS:

Acreditamos que a questão diversidade é algo muito presente nas turmas de educação infantil, pois o universo da criança, caracterizado inicialmente pelo convívio familiar, amplia-se com a sua inserção na escola, trazendo consigo muitas descobertas, desafios, curiosidades e conhecimentos: seu corpo, a diversidade dos outros, o desenvolvimento da linguagem oral, a estimulação da autonomia, o estabelecimento de canais de comunicação, a socialização, o brincar, o vínculo, a construção de valores, enfim, a descoberta do mundo, começando por si própria. Conforme o Referencial Curricular Nacional “a criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se cada vez mais seguras para se expressar, podendo aprender, nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos cujas percepções e compreensões da realidade também são diversas”.
Este projeto propõe alternativas, instrumentos e sugestões para se trabalhar a diversidade de uma forma lúdica, prazerosa, livre de preconceitos e comprometida com a cidadania de cada pessoa, mas, ao mesmo tempo apresenta-se aberto, sujeito a reflexões e mudanças – afinal é impossível trabalhar a diversidade sem falar em democracia e flexibilidade. Desta forma sugerimos que a ação pedagógica esteja calcada no brincar, pois “as crianças precisam brincar, independentemente de suas condições físicas, intelectuais ou sociais, pois a brincadeira é essencial a sua vida. O brincar alegra e motiva as crianças, juntando- as e dando-lhes oportunidade de ficar felizes, trocar experiências, ajudarem-se mutuamente; as que enxergam e as que não enxergam, as que escutam muito bem e aquelas que não escutam, as que correm muito depressa e as que não podem correr (Siaulys, 2005, p. 9).
Outro recurso que consideramos rico e cheio de possibilidades é a literatura infantil, pois se apresenta como um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa. Sendo assim, algumas literaturas foram elencadas no projeto a fim de abordar a diversidade de forma pontual, ou seja, relacionadas às questões, vivências e curiosidades da criança desta faixa etária.
Como o projeto foi construído para toda a comunidade escolar, se faz necessário que todos estejam engajados e dispostos a contribuir no enriquecimento do mesmo. A proposta inicial para as turmas é a realização da “Hora do conto” com a professora responsável pela biblioteca, cujo cronograma de atividades irá organizar e socializar com as demais docentes, com o intuito de desafiá-las a dar continuidade aos apontamentos/aprendizagens vivenciados na oficina através de brincadeiras, atividades dirigidas, reflexões durante a rotina, levando em consideração as características e particularidades de cada turma. Em anexo citamos algumas sugestões de literatura infantil sobre diversidade (ANEXO 1).


PROPOSTAS PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS:

      Para dar início ao projeto será necessária a adesão primeiramente deste segmento da comunidade, uma vez que é a base e alicerce para toda a ação pedagógica subseqüente. Para este grupo serão oferecidos momentos para reflexão, estudo, debate e planejamento acerca da diversidade, dentro e fora do espaço escolar, e, sempre que possível no horário de trabalho. Para tanto serão realizados alguns encontros de formação com o objetivo de fazer o movimento: ação-reflexão-transformação. Algumas propostas do projeto são:

·       Propor a atividade coletiva: “Dinâmica das percepções” (ANEXO 2) para gerar uma desacomodação e, consequentemente, a reflexão sobre as nossas diferenças e semelhanças e instigar o modo pelo qual estamos lidando com a diversidade dentro da escola;

·       Propor a leitura do texto “Diversidade e currículo” (Nilma Lino Gomes, p. 17 a 27, ANEXO 3), seguida de debate sobre o que se entende por diversidade e como estamos lidando com este assunto dentro da escola;

·       Com auxílio de recursos da informática (computador, data show, Power point) fazer a apresentação de slides sobre os aspectos jurídicos que asseguram a diversidade e a inclusão (Constituição Federal, LDB, ECA, Convenção de Guatemala);

·       Oferecer orientações pedagógicas sobre a diversidade (cultural, étnica, gêneros, biodiversidade, social, familiar, outros) e inclusão de pessoas portadoras de necessidades educativas especiais (deficiência física, mental, auditiva, visual);

·       Seminário e debate sobre os conhecimentos, reflexões, vivências, mudanças de postura, entendimento e comprometimento despertados ou renovados nos encontros anteriores sobre a diversidade. Sugestão para direcionamento da atividade: “questões para discussão nos processos de formação em serviço” (Nilma Lino Gomes, p. 44, ANEXO 4);

·       Revisão deste projeto pelos professores e funcionários, agregando novas propostas (inclusive específicas de cada turma/faixa etária), reorganizando/reestruturando os tempos e espaços da escola infantil.

Vídeos:
Abaixo sugerimos alguns vídeos para sensibilização e reflexão sobre a forma como vemos e convivemos com o diferente.

·       Vídeo “Vista a minha pele”
http://www.youtube.com/watch?v=fNssyjM3_Y8

·       Livro “A cor da vida”
Vídeo chamado “Nem pior nem melhor, apenas diferente”

·       Livro: “Diversidade, somos diferentes, únicos e especiais”
somos-diferentes--Unicos-e-especiais-ciranda-cultural--ed--.html

·       Vídeo: “Na minha escola todo mundo é igual”

·       Vídeo: “As diferenças” com música de Cláudia Leite

·       Vídeo “Ser diferente é normal”


PROPOSTAS PARA AS FAMÍLIAS:
Para este segmento escolar será proposto um momento de reflexão a partir de uma palestra que enfatize:
·       A diversidade e inclusão no mundo em que vivemos (conceituando e exemplificando);
·       Algumas teorias e leis sobre diversidade e inclusão;
·       Respeito, promoção e valorização das diferenças;
·       Outros aspectos legais e orientações pedagógicas.

AVALIAÇÃO:

A avaliação irá ocorrer de forma integral e permanente, considerando o processo de aprendizagem e envolvimento de toda comunidade escolar.
Serão considerados como critérios de avaliação o desenvolvimento do projeto, as construções individuais e coletivas, as vivências, a apropriação do conhecimento e a participação do grupo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
       Ao receber o desafio de olhar com mais atenção para a diversidade nas cidades, saí em busca de boas e interessantes fotos sobre as pessoas, a natureza, as disparidades sociais, etc. Ao tentar escrever sobre as coisas que encontrei... consegui relacioná-las com o tema proposto: diversidade. Entretanto, não consegui estabelecer uma relação significativa com minhas vivências, com o que realmente faz sentido para mim enquanto pessoa, enquanto educadora... Pensei: bom mesmo é a diversidade dentro da escola, tantas semelhanças e tantas diferenças, tantas possibilidades e nem sempre tantos conhecimentos e recursos... Pensei bem: a diversidade que conheço, valorizo, acredito e vivencio todos os dias é lá na escola que posso encontrar. E depois de tanto pensar, resolvi agir, observando, analisando, questionando e propondo este projeto para a escola onde trabalho... Afinal, qual é o melhor lugar onde podemos fazer a diferença na vida das pessoas? É na escola, claro! Então, depois de pensar e agir, o próximo passo é trabalhar... para transformar as diferenças em tesouros e talentos através de um olhar permanente sobre a diversidade.

 

ANEXO 1 – SUGESTÕES DE LITERATURA INFANTIL
Diversidade social e familiar:
  • As famílias do mundinho – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2006. (o livro sugere que cada um pense na sua família... e também pense na de seu amigo, seu vizinho... como são diferentes. Cada família é de um jeito, mas o amor é sempre igual, e que respeitando as diferenças é possível ser feliz).

  • Vida de criança – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2007. (Vida de criança é assim: cheia de brincadeiras, novidades, diversão... vida de criança é coisa séria também, mas tem gente que se esquece disso).

  • Um mundinho para todos – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2005. (Era uma vez um mundinho onde cada habitante tinha um jeito de ser: uns viviam no norte e gostavam de andar descalços; outros, no sul adoravam tomar chocolate quente; alguns não enxergavam muito bem e precisavam de ajuda. Nesta história as crianças percebem as diferenças que existem entre lugares, coisas e pessoas. Com texto impresso em Braille, esta obra é, também, destinada a leitores com visão subnormal e deficientes visuais).

  • Uma família parecida com a da gente – Autora: Rosa Amanda Strausz, São Paulo, editora Ática, 2007. (Cada bicho tem uma família diferente. Nesse ponto, eles se parecem com a gente. Com qual bicho sua família mais se parece?Com a da ema, do leão? Procure descobrir, vai ser a maior diversão!).

  • A galinha que criava um ratinho – Autora: Ana Maria Machado, São Paulo, editora Ática, 2008. (Era uma vez um galo e uma galinha que não tinham pintinhos e, como queriam ter filhos, pegaram um ratinho para criar. Certo dia a galinha saiu e o galo, com preguiça, pediu para o ratinho abrir a porta e... aconteceu a maior confusão quando apareceu a raposa).

  • O livro da família - Autor: Todd Parr, São Paulo, Editora Panda, 2004. (Há muitas maneiras diferentes de ser uma família. Sua família é especial, independente do tipo que ela é).

  • O abraço do Antônio - Autor: Luciana Rigueira, São Paulo, Editora Paulinas, 2009. (Antônio conta pra vocês a história de quando sua mãe, Rita, o procurava por toda a parte até que, finalmente, o encontrou. A primeira vez em que se viram, não foi após o parto, pois Antônio não nasceu da barriga de Rita, ele foi adotado por ela. Mas, naquele primeiro abraço, eles sentiram a emoção e o amor do momento do nascimento).

Diversidade de pessoas:
  • Menina bonita do laço de fita – Autora: Ana Maria Machado, São Paulo, editora Ática, 2000. (A história conta a história de um coelho branco apaixonado por uma menina negra que, curioso, indagava assim: “Menina bonita do laço de fita, qual teu segredo para ser tão pretinha?”, e a menina sem saber explicar inventava vários motivos... até que sua mãe lhe conta a história de sua família).
·        Kirikú e a feiticeira – Diretor: Michel Ocelot., 1998, 74 min, França/Bélgica/Luxemburgo. (Kiriku é um garoto pequeno, mas muito inteligente e com dons especiais, que nasceu com a missão de salvar sua aldeia. A cruel feiticeira Karaba secou a fonte do lugar onde Kiriku mora com amigos e parentes e, possivelmente, comeu o pai e os tios do menino. Encontrando amigos e seres fantásticos pelo caminho, Kiriku vai resolver a situação. História baseada em uma lenda da África Ocidental.

·        Pequenos robôs – Autor: Mike Brownlow, São Paulo, editora Panda, 2004. (De uma forma divertida, o autor descreve as preferências e diferenças dos robôs, enfatizando que cada um é singular e especial pelo seu jeito de ser).

  • Rápido com um gafanhoto – Audrey Wood, São Paulo, Editora Brinquebook, 2006. (Com um texto rico e lindas ilustrações, a história trata da grande diversidade que existe em cada um de nós, que às vezes somos rápidos como gafanhotos, mas também podemos ser lentos como um caracol, etc.).

  • Tudo bem ser diferente - Autor: Todd Parr, São Paulo, Editora Panda, 2006. (Tudo bem ser diferente. Você é importante e especial apenas por ser como você é).
Podemos encontrar esta história no vídeo:

  • Maria vai com as outras – Sylvia Orthof, São Paulo, editora Ática, 2003. (O livro fala, através de uma escrita singela, que é preciso ter coragem para fazermos nossas escolhas. E foi isso que a ovelha Maria fez).

  • Jeito de ser – Autora: Nye Ribeiro, São Paulo, editora do Brasil, 2000. ( é uma história que fornece elementos para lidarmos com a diversidade. Reconhecendo e respeitando as diferenças e semelhanças, descobrinhos que não há o melhor ou o pior, mas sim o jeito de ser de cada um. Somando nossas diferenças é que podemos construir um mundo mais rico e mais bonito).

  • Belinda, a bailarina – Autora: Amy Young. (Belinda tinha um problema, na verdade dois problemas... e bem grandes, mas no fim das contas tinha um talento tão especial que seus problemas ficaram no passado).

  • O amigo do rei – Autora: Ruth Rocha, São Paulo, editora Ática, 2008. (De uma forma encantadora o livro fala sobre a amizade de dois meninos que viam o mundo além da cor de suas peles).

  • Diversidade - Autora: Tatiana Belinky, Ed. Ática (Se todo mundo fosse igualzinho, o mundo não teria graça! Mas só reconhecer que as pessoas são diferentes não basta. É preciso respeitar as diferenças. E os versos de 'Diversidade' nos ensinam isso, que não há um jeito único de ser- 'assim ou assado, todos são gente, tudo é humano').

  • Todo mundo é igual: conversando sobre racismo – Autor: Ivan Alcântara, São Paulo, editora Escala Educacional. (Para falar de um assunto complicado, mas fundamental como o racismo, nada melhor do que a linguagem leve e instigante, capaz de fazer com que a criança reflita sobre a igualdade dos seres humanos e o absurdo que é a prática, mesmo velada, do racismo).

Diversidade cultural:
  • Bruxa Merreca e Bruxa Zimia viajando pelo Brasil – Autora: Léia Cassol, Porto Alegre, editora Cassol. (A Bruxa Merreca, a Bruxa Zamya e o Motobruxo vão participar de um congresso de bruxaria que vai acontecer em Brasília. Mas antes, vejam só, os três resolveram dar uma voltinha pelo Brasil e... O que será que e eles vão descobrir?).

Biodiversidade:
  • Os animais do mundinho – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2007. (Todos animais têm um habitat natural. Alguns deles vivem nas matas, outros nos mares, outros nas cidades. Mas, o mais importante é que todos eles cabem num único mundinho, o nosso planeta Terra).

  • Bichos diversos – Autor: Aristides Torres Filho, São Paulo, editora Scipione, 2004. (Com poesias divertidas o autor fala de diversos bichos: o dinossauro não diz sua idade, não insista. A zebra só usa pijama de lista... o coelho é livre e detesta que peguem no seu pé. E você, que bicho é?).

  • O seu lugar – Autor: Patrício Dugnami, São Paulo, editora Paulinas, 2008. (É uma história que apresenta a questão da diferença e da adaptação ao mundo. Cada página traz um instante lúdico, onde seres se apresentam por suas características mais marcantes. A soma dessas diferenças delimita o lugar onde todos se encontram. No seu lugar).

Convivência
  • Vamos abraçar o mundinho – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2007. (Era uma vez um mundinho... lá viviam homenzinhos que faziam de tudo para deixá-lo feliz, pois sabiam como ele era importante. O mundinho ficava ainda mais feliz. Todos de mãos dadas num grande e forte abraço).

  • Um mundinho de paz – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2005. (Era uma vez um mundinho... nele viviam homenzinhos que faziam de tudo pela paz. Um dia, resolveram escrever o significado da palavra paz para que ninguém esquecesse).

  • O trânsito do mundinho – Ingrid Biesemeyer Bellinghausen – São Paulo, editora DCL, 2005. (O livro fala que para uma boa convivência é necessário a criação das leis de trânsito).

  • O que é o amor? (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Na sala de aula, Alice deu a maior prova do que é o amor verdadeiro).

  • A força do exemplo (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Servir de exemplo não é a melhor forma de ensinar; é a única forma de ensinar).

  • O lado bom das pessoas (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Clara aprendeu que, antes de criticar as pessoas, é preciso olhar o que elas têm de bom).

  • Ecos da vida (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Tudo o que fazemos, mais cedo ou mais tarde, retorna para nós).

  • Perdoar, sempre!!! (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (O pai da Aninha lhe mostrou uma lição: não devemos ficar com raiva de ninguém).

  • Desculpe-me (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Faça com que suas palavras sejam tão suaves como o silêncio).

  • A honestidade sempre vence (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (“Instrui a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”).

  • O valor da ética (Coleção pequenas lições), autor: Legrand, Belo Horizonte, Editora Soler, 2007. (Tiago aprendeu a diferença entre o certo e o errado. Compreendeu que ética é praticar o certo, mesmo em condições difíceis).

  • Os dois amigos – Autor: Mario Pirata, São Paulo, Editora Paulinas, 2007. (A história trata de dois amigos e de um acontecimento que causou confusão. Mas, afinal, como podemos resolver nossos conflitos? Vamos refletir...) – Com texto impresso em Braille, esta obra é, também, destinada a leitores com visão subnormal e deficientes visuais.

  • Aprendo com meus amigos – Autor: Taro Gomi, São Paulo, Cosac Naify, 2009. (A história fala de uma maneira terna e doce o quanto podemos aprender com a diversidade do mundo, realçando os dons e talentos de cada ser).

  • Diga paz – Sam Williams e Mique Moriuchi, São Paulo, editora Scipione, 2005. (A importância da paz em uma abordagem sensível para pequenos leitores. Compreenda os diferentes povos. Com amor, faça a sua parte, diga paz).

  • O livro da paz – Autor: Todd Parr, São Paulo, Editora Panda, 2004. (Paz é ser diferente, sentir-se bem com você mesmo e ajudar o próximo).

  • O fusquinha cor-de-rosa – Autor: Caio Riter, São Paulo, Paulinas, 2008. (De uma maneira muito divertida o livro traz um questionamento: existe brinquedo de menina e brinquedo de menino? Aventure-se, divirta-se e reflita sobre isso junto com o Beto, a Bia e o fusquinha cor-de-rosa).

  • Menina não entra – Telma Guimarães Andrade, São Paulo, editora do Brasil, 2006. (Nesta história um grupo de amigos recebe “um jogador” muito especial, que irá surpreender todo mundo).

Inclusão
  • Uma joaninha diferente – Regina Célia Melo, São Paulo, editora Ática, 2006 (Você já viu uma joaninha sem bolinhas? Esta é diferente de todas as outras joaninhas... mas será que é preciso ser igual a todos para ser aceito?).

  • A felicidade das borboletas – Patrícia Engel Secco, Editora Educar Dpaschoal, 2005. (O livro conta a história de Marcela, uma menina com deficiência visual que estuda balé e vai fazer sua primeira apresentação - e sua fantasia é de borboleta. Emocionada e alegre, ao entrar em cena, Marcela enxerga a felicidade no coração de cada uma de suas amigas bailarinas e esse sentimento especial é capaz de fazê-la voar, livre como as borboletas).

  • O pequeno rei Arthur: convivendo com a Síndrome de down - Autora: Lúcia Cyreno, São Paulo, Editora Paulinas, 2007. (O pequeno Arthur é uma criança como você: adora aprender coisas novas e fazer travessuras. Só é um pouco diferente porque nasceu com síndrome de Down. Neste livro, ele quer mostrar que as diferenças fazem parte de nossa vida e que são elas que nos tornam especiais. Afinal, a vida não teria nenhuma graça se fôssemos todos iguais).